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15 fevereiro 2012

Devaneio de uma paixão por amar


Não consigo mais. Perdi o jeito de escrever sobre amor, sobre romances, sobre meus sentimentos. 
Por quê? Por que não tem nada aqui dentro, é, fora o amor que todo mundo sente por sua família e amigos e ídolos como o Jhonny Depp, eu não sinto mais nada. Por ninguém. Não existe aquele garoto incrivelmente interessante com quem tenho uma paixão platônica, não existem mais os sonhos com o vizinho bonito e sedutor que não demonstra ser quem é, nem o famoso cafajeste por quem toda mulher é caidinha eu tenho para me (des)iludir. 
Faz tempo que não me apaixono, faz muito tempo que meu coração não acelera só de ver aquela pessoa, e faz muito, muito tempo que eu ficava horas e horas pensando só naquele rapaz por quem eu me apaixonei. Devo me preocupar com essa situação?! É, talvez não. Mas para uma sonhadora ultrarromântica, isso é grave. Eu compartilho da opinião de que mulheres não dependem de homens para serem felizes, e de que devemos primeiro nos amar e nos realizar profissionalmente/financeiramente, etc. Mas sinto falta de um romance, sinto falta de um suspiro, de um devaneio, de rir sem motivo nenhum só de lembrar daquela pessoa.
Mas de tantas experiências fracassadas, esse sentimento de falta logo passa e volto com meus pés no chão. Até por que não tem graça viver um romance sozinha, ou só de ilusão. E paixões platônicas tem seus limites. 
Então me inundo de livros e filmes românticos, suspirando deitada no sofá enquanto vejo casais do século XIX trocando cartas e depois se casando tendo filhos e netos. Ás vezes até prefiro assim, sozinha, liberta de qualquer sentimento que me prenda a um alguém que nem sei se gosta de mim de verdade, e que pelas minhas experiências, vai me decepcionar mais do que o uma pessoa 'normal' decepcionaria. Mas assim como paixões platônicas tem seu limite, viver sem romance também têm. Por que apesar de nunca corresponder ás minhas expectativas, deve ser bom estar apaixonada(o) não é?! Eu sei, por que eu já senti isso, e agora me sinto mais vazia do que o normal. Mas deve ser por que não passei na faculdade e isso é só mais um devaneio de uma quase adulta que está nostálgica com seu aniversário chegando; então é melhor eu voltar com meus romances escritos e com meus filmes antigos.
***
Eu iria escrever sobre amor, por que depois de ver um filme com romance histórico no meio, me deu uma baita vontade de escrever sobre isso, mas é como digo no texto, não sei mais escrever sobre amor sem falar das minhas frustrações com ele no final. Foi só mais um desabafo, uma quase confissão.

09 dezembro 2011

Verdadeira geração perdida


Alguns dizem que a geração dos dias atuais está perdida por gostarem de Restart, Crepúsculo ou Rebelde brasileiro. Eu discordo. Por quê? Acredito que a verdadeira geração perdida é aquela que vemos em nossas televisões nos jornais, roubando, assassinando, ou aquela que vemos nas ruas consumindo drogas, sem família, sem esperança de uma vida melhor, ou mesmo aquela que está bem perto de nós: A geração fútil das redes sociais, que perde seu tempo querendo mostrar aquilo que não é de verdade e sim aquilo que é conveniente ser, mostrado, fingindo que é ‘cool’ e descolado, falando mal das modinhas, só por que é... modinha.
Sério que as pessoas (tanto jovens quanto pessoas ‘mais velhas’) acham que a geração do século XXI está perdida por ler Harry Potter ao invés de Machado de Assis? Ou por que ouve Cine ao invés de Chico Buarque? Ok, existem coisas que não dá pra discutir, principalmente quando se trata de ‘gostos’. Mas vamos parar para pensar sobre o que estamos considerando ‘geração perdida’. Não retratamos nas redes sociais os jovens que sofrem abuso dos pais, seja físico ou psicológico, nem aqueles que precisam trabalhar nas ruas para sobreviver, nem falamos muito daqueles que cometem crimes por não ver outra saída na sua frente e acabam sendo presos de sua liberdade, de sua doce juventude. Sem falar dos que vivem falando mal das tais modinhas, das tais bandas, filmes, novelas ruins; será que essa geração também não está perdida? Perdida entre futilidades e hipocrisias?! 
Beatles que hoje é considerado um clássico do rock e do ‘gosto bom’, já foi modinha antes; arrisco a dizer que eles eram um ‘Restart’ dos anos 60/70. (Podem me jogar pedras, mas é a minha opinião, e não deixo de gostar da banda e de admitir que seja um clássico que merece ser ouvido de geração em geração). E os nossos gostos de hoje, vão ser criticados pela geração seguinte, e nós iremos criticar essa tal geração, e vai ser assim até o fim dos tempos.
É um ciclo vicioso de críticas mal elaboradas, de conceitos mal compreendidos e de visões distorcidas. Sim, por que ao invés de olharmos a geração literalmente perdida que está nas ruas ou dentro de prisões juvenis, ou até mortos; estamos olhando para a geração, digamos ‘inocente’, que pode estar perdida em gostos duvidosos e mentes com pensamentos fúteis, mas que poderá ter um futuro ótimo, por que tem acesso a informação, tem acesso a quase tudo, esses jovens tem escolhas, basta decidir por qual escolha tomar. 
Essa geração Restart, Crepúsculo, Cine, Rebelde, Lady Gaga, Biliebiers, um dia irá crescer, e tornar-se-ão adultos teoricamente maduros, com outros gostos, com outros pensamentos, com outros conceitos de vida. Mas a geração do crack, do trabalho infantil, a geração das ruas, da prostituição infantil, do roubo, do assassinato, a geração da juventude que não tem o que comer, essa geração não têm um futuro certo, eles nem sempre não têm escolhas.


P.S: Estou um tempo sem internet no computador, por isso não estou postando hoje Lado Extra, mas logo logo voltarei com os post's sobre minhas recomendações >< 

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