Eu não ouço Chico Buarque, não li vários livros de Shakespeare nem conheço a obra de Caio Fernando de Abreu. Não uso Instagran, não uso óculos 'gatinho' e nem tenho a Marlyn Monroe como uma das pessoas que me inspiram na vida. Não assisto séries ditas inteligentes e filmes franceses antigos. Não amo tanto assim cupcakes e tenho mais vontade de visitar Paris ou Nova Iorque do que Inglaterra. Não leio desde pequena vários livros, minha família nunca deu tanta atenção assim pra isso. Quando pequena sempre gostei da Barbie e de brincar de massinha e sim, também brincava de escritório e fingia ser a minha própria professora. Nuca tive ideias mirabolantes para livros que queria escrever, na verdade, nunca fui muito criativa nesse quesito. Nunca pintei meu cabelo de uma cor chamativa e não penso em fazer uma tatuagem futuramente. Não curto usar saias ou vestidos ou sapatilhas, estilo vintage pra mim só na arquitetura. Não digo que sou feminista, nem ateu (atéia?!) ou socialista. Não sabia muito sobre Che Guevara até ano passado. Assisto mais canais de filmes e de música do que canais com documentários. Não me interesso tanto por livros de autores não muito famosos e não compro em sebos. Não vou ao cinema comunitário assistir filmes desconhecidos nem aos clássicos. Nunca (ainda) fui voluntária em algum projeto social. Não tenho Beatles como banda favorita. Não tenho uma grande história traumática de infância ou de alguns anos atrás. Não tenho as melhores notas. Não uso óculos. Nem algum sapato da 'moda'.
E por que dizer tudo isso?! Parece que cada dia aparece alguém tentando, querendo e se esforçando para ser 'diferente' da maioria e é tanta gente tentando ser diferente, se mostrar diferente, que parece que a minoria tornou-se maioria e o diferente tornou-se igual ou repetitivo, pelo menos.