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02 abril 2021

10 Quadrinhos, Mangás e Graphic Novels para conhecer

Quem nunca quis se aventurar em novas leituras, de outros formatos que não os tradicionais, mas não sabia por onde iniciar? É pensando em oferecer sugestões de leitura (entre outros produtos) a partir da leitura e opinião de criadores de conteúdo que a mybest Brasil divulga a recomendação de obras e autores ao seu público. Assim, fui convidada pelo site a escrever um pouco sobre meu quadrinho favorito, e o escolhido não poderia ser diferente: Persépolis, de Marjane Sartrapi.

A história é autobiográfica sobre a vida da autora franco-iraniana e traz uma narrativa recheada de assuntos importantes e temas relevantes ocorridos no Irã e com a própria autora, em um processo de autodescoberta e aceitação.

Junto a minha recomendação ainda tem mais nove indicações de outros quadrinhos/Hq's/mangás e graphic novels que você pode conferir no site da mybest Brasil. Tá incrível e já inseri vários em minha lista de desejados!

Essa ação foi patrocinada pela mybest Brasil.

10 janeiro 2021

4 canais no YouTube para a pesquisa de si



Quem disse que a vida adulta seria fácil?! Quem disse que o autoconhecimento também seria algo natural, espontâneo e indolor? Eu sei que pode soar bem clichê esse termo (e é), mas conhecer a si mesmo, entender seus processos psíquicos e lidar com traumas, sentimentos e sensações ruins (ou até as boas), não é nada fácil e às vezes nem sempre é acessível. Nesse processo, recomendarei sempre a terapia, seja qual tipo for, pois um profissional na área sempre será a fonte mais confiável para lidar com nossos processos psicológicos. Porém, nem sempre temos acesso a um terapeuta/psicólogo ou estamos confortáveis em procurá-los. Assim, trago aqui alguns canais que me ajudaram/ajudam a compreender muita coisa, de forma didática e compreensível, além de ser gratuito.

Flor e Manu

Eu estou sempre recomendando esse canal nas minhas redes sociais. O Emanuel e a Flor são duas pessoas incríveis que falam um pouco sobre tudo, mas, especificamente recomendo os vídeos do Emanuel, que aborda muito das questões humanas, envolvendo a psicanálise/teóricos dela, de forma muito tocante e delicada. Indico a playlist Dose diária, em que ele abordou, durante um ano inteiro, todo dia, um assunto diferente sobre a vida. Os vídeos do casal também tratam sobre questões existenciais/humanas, alguns focando mais em assuntos relacionados a casais/vida a dois. A parceria dos dois é incrível e são duas pessoas inteligentíssimas, gravando vídeos como se estivessem conversando com o telespectador. É um alento em dias tão difíceis.


Casa do Saber

Acredito que este canal já pode ser conhecido de alguns. Nele são abordados diferentes temas, envolvendo desde política à sexualidade e principalmente sobre questões humanas. Foi por lá que conheci Maria Homem, uma psicanalista incrível, e Silvio Almeida, professor e autor que aborda, principalmente, sobre racismo e consciência de classe. Alguns vídeos são mais longos que outros, mas recomendo muitíssimo para quem é curioso em entender sobre o comportamento e mente humana.

Minutos Psíquicos

Este canal conheci por acaso, mas foi muito bem-vindo. Em vídeos curtos e ilustrados, Minutos Psíquicos trata sobre diferentes questões da mente humana, desde ansiedade à solidão, amor romântico, ciúmes, entre tantos outros assuntos relativos às nossas vidas. Sempre recomendando a ida a um psicólogo, o canal não se compromete a expor fórmulas mágicas de como lidar com as situações que enfrentamos, nem esquemas sistematizados sobre ações que poderíamos realizar, mas sim explica, de maneira muito didática, as possibilidades envolvidas nos diferentes enfrentamentos ocorridos na vida humana.

Maria Homem

Eu não poderia deixar de recomendar o canal dessa mulher inspiradora e super-ultra-mega-inteligente que é a Maria Homem. Brinco que faço terapia com ela (e com o Emanuel) pelo YouTube e eles não sabem disso (risos nervosos). A psicanalista fala sobre diferentes questões em seu canal,  tratando sobre assuntos mais "tenebrosos" e às vezes difíceis de lidar, como morte, solidão/solitude, religião, feminismo, entre tantos outros super interessantes. Recomendo os vídeos Princesas do século XXI e Jovens à deriva.

E vocês? Conhecem algum canal/vídeo que trate sobre assuntos existenciais ou de autoconhecimento? Não vale indicar daquele rapaz que foi recentemente acusado de violência e abuso hein. Pra quem não sabe de quem eu tô falando, leia aqui sobre a história.

13 julho 2020

5 canais para estudar com o YouTube


Continuando na vibe de posts sobre estudos (o tema já se tornou uma categoria aqui no blog), dessa vez, vou listar alguns canais em que eu também gosto muito de assistir, pois são vídeos rápidos e acessíveis pra passar o tempo ou mesmo pra conhecer sobre novos assuntos pela internet, agora no YouTube. Neste post em específico trago uma lista de canais que tratam sobre curiosidades e informações pertinentes, em algumas áreas do saber. Vamos lá?!

Tempero Drag

O canal da Rita von Hunty é mais do que maravilhoso. A Rita, além de ter um conhecimento vasto e muito bem embasado sobre História, Filosofia, Cultura, Política, entre outros saberes, tem uma linguagem super acessível e didática, além de darmos boas risadas com as tiradas que ela tem ao longo de suas falas. Um canal essencial em tempos de fascismo e fake news.


A BBC é uma grande rede jornalística, confiável, e muito comprometida com a veracidade dos fatos e das análises que traz em seus canais de comunicação. O canal BBC News possui vídeos curtos, mas de muita informação, sobre as atualidades do mundo e do Brasil. Além disso, a linguagem também é super acessível, e as novidades chegam fresquinhas ao telespectador.

O canal Ponto em Comum, criado por Davi Calazans, trata sobre diferentes assuntos científicos, entre curiosidades mais gerais e assuntos mais específicos, divididos em grandes tópicos, como Humanidades, Vida e Evolução e Sustentabilidade. O canal é comprometido em expor informações embasadas cientificamente e divulga conhecimento de maneira acessível e bem humorada também.

AD Junior

Um canal informativo e muito bem organizado pelo AD Junior, no qual são retratados assuntos relativos à negritude, racismo estrutural e demais curiosidades sobre questões também relativas à comunidade LGBTQI+. Os vídeos são curtos e super acessíveis. Recomendo fortemente.

Ciência Todo Dia

O canal Ciência Todo Dia, de Pedro Loos, trata especificamente sobre assuntos voltados para a área de Física, mas não é chato, eu garanto (para quem é de humanas, esse aviso é mais do que válido rs). Desde explicações sobre Espaço-Tempo à Física Quântica explicada (!), o canal aborda a ciência de maneira didática e pode ser muito proveitoso nos estudos durante o ensino médio/preparativos para vestibulares, ou mesmo para os curiosos da área.

Gostou? Sabe de algum canal nesse estilo que gostaria de me recomendar? Escreve aqui nos comentários!

16 junho 2020

3 séries para estudar com a Netflix

Não sei vocês, mas eu me divirto também "estudando". Sou viciada em conhecimento, em saber mais de algumas coisas, alguns temas, em conhecer novos, entrar em contato com outras perspectivas, enfim. E acredito que esse estudo é contínuo, sempre nos 'exigindo' mais e mais, e essa é a graça de gostar de estudar, sempre tem algo a mais a conhecer. Também creio que o estudo não precisa ser necessariamente pautado em sentar e ler/escrever e se concentrar ao máximo, daí porque gosto tanto de alguns recursos midiáticos para conhecer um pouco sobre determinados assuntos que eu não necessariamente pegaria um livro inteiro para ler. Então, decidi listar aqui alguns deles, talvez em alguns posts sobre diferentes suportes. Vamos lá?

Explicando
Conheci essa série coincidentemente. Estava procurando algo rápido pra assistir, pra passar o tempo mesmo, mas que não fosse um conteúdo muito superficial. A Netflix na época me recomendava a nova série da plataforma, e os assuntos vão desde K-Pop a criptomoedas. Não precisava assistir na ordem dos episódios, e assim fiz. Iniciei com os assuntos que mais me interessavam e acabei fechando as duas temporadas. Pra ficar mais interessante, eles também lançaram o Explicando - O sexo e Explicando - A mente, além do Explicando - O coronavírus, ou seja, é muito conteúdo bom pra consumir. As narrações são bem didáticas e os estudos são embasados cientificamente. Recomendo muito!

Guerras do Brasil
Quem fez ensino básico há alguns anos sabe que o ensino de História não era pautado em explicitar as diferentes perspectivas em grandes acontecimentos ocorridos no país (talvez até hoje não seja). A visão eurocêntrica e centrada nos ditos 'vencedores' provocava um 'breu' no conteúdo que poderia ser muito enriquecedor e esclarecedor quando estudamos a história do país. Guerras do Brasil é uma série documental que possui diversos estudiosos dos temas, e o primeiro episódio nada mais é do que sobre as guerras de conquista, o genocídio indígena ocorrido na época, em que saberemos mais sobre a "invenção do Brasil", pelas palavras de Ailton Krenak. A série perpassa por algumas das principais guerras chegando até (à época) a mais atual, a "guerra" contra as drogas. É um conteúdo essencial para entendermos como nosso país foi criado, construído discursivamente (e violentamente) e como hoje a sociedade se comporta em meio aos confrontos mais recentes.

História: direto ao assunto
A mais recente série documental na plataforma é o História: direto ao assunto. Assim como o Explicando, diferentes assuntos são tratados nos episódios, agora não mais sob uma perspectiva puramente atual/contemporânea, mas histórica, como o próprio nome da série alerta. Com 10 episódios nessa primeira temporada, os assuntos são diferentes do Explicando, ou seja, o leque de conteúdo fica mais abrangente. Os temas vão desde corrida espacial até genética, são episódios curtos e também embasados cientificamente/historicamente, claro. Dá pra assistir nos intervalos do home office ou ao final de um dia de trabalho.

E você? Já conhecia as séries? Tem alguma pra recomendar? Comenta aqui.

09 janeiro 2019

Dos últimos que vi #07: Daqueles que te fazem suspirar

Fim de semestre letivo, mil coisas a fazer ainda, mas a cabeça precisava de um descanso há algum tempo. Muitos livros por ler, mas os olhos pareciam se fechar quase que instantaneamente sempre que via muitas palavras juntas na minha frente. Vida de mestranda não é fácil mesmo e às vezes a cabeça só quer uns estímulos visuais com histórias românticas e engraçadas pra passar o tempo. Foi assim que eu me deparei com algumas produções na/da Netflix (graças ao algorítimo dela também que parece me conhecer TÃO bem hahaha) que me fizeram suspirar com essas doces e descontraídas histórias na tela. Vamos a elas:

A Livraria (Alemanha, Espanha, Reino Unido da Grã-Bretanha, Irlanda do Norte)
Florence Green é apaixonada por livros, apenas ela e um vizinho muito mal encarado na vila onde moram parecem gostar muito das leituras, mesmo assim, a viúva decide abrir uma livraria em um antigo casarão da pequena cidade, porém, empecilhos parecem surgir, pois alguns cidadãos tinham outros planos para esse local.

O filme retrata muito bem os aficionados por leituras. Além de também pontuar sobre livros e seus enredos que seriam escandalosos à época, em 1959. Sendo 'de época', instigou minha curiosidade logo por isso. O enredo pode não ser tão 'amorzinho' quanto esperamos que seja, mas retratando uma das temáticas as quais sou apaixonada, é um prato cheio de inspiração para novas leituras e para novas atitudes, como a de Florence na produção. Depois vi que é adaptação de um livro e amei mais ainda! 

Sementes podres (França)
Waël vive com Monique dando golpes em supermercados e outros locais aos arredores de Paris. Após encontrar com um antigo amigo de Monique, a vida de Waël modifica-se, para melhor ou pior, vamos saber ao longo do filme. Victor ajuda jovens considerados problemáticos em suas escolas, em uma espécia de centro de acolhimento para uma 'detenção' diferenciada. Apenas a primeira reunião é obrigatória para todos irem, mas Waël é desafiado a fazer com que eles voltem nos dias seguintes. Sem nenhuma ocupação ou formação, o jovem golpista pode ser preso caso não consiga tal façanha com esses adolescentes.

Esse aqui também não está relacionado diretamente a amores românticos, mas traz um fio de esperança em boas atitudes, principalmente as relacionadas a educação de jovens considerados problemáticos. A vida de Waël antes do tempo atual da trama é exposta em breves flashbacks, com cenas de guerras e conflitos armados onde ele nasceu. Mesmo muito engraçado, a vida de Waël não foi nada hilária, e ver como ele lida com todo esse passado e como ele irá vivenciar essa nova experiência com os jovens na 'detenção', é algo primoroso de assistir. Essa é uma produção original da Netflix que vale muito a pena.

Batalhas (Noruega)
Amalie vive apenas com o pai, é uma jovem bailarina que parece não estar se saindo muito bem com o grupo onde pratica, a professora lhe cobra mais vivacidade, e, mesmo com inúmeros treinos, seus passos parecem não corresponder à sua mente. No meio de tais dificuldades, surge mais uma: Amalie é da alta classe social da Noruega, mas seu pai é levado à falência e eles precisam enfrentar uma nova vida, agora no subúrbio da cidade. É exatamente lá que Amalie conhece Mikael, em um espaço público para treinamento de dança. Ele e seu grupo praticam freestyle no hip hop, e a junção com o clássico balé vai ser magnífico de assistir na telinha.

Da série de filmes advindas do clássico maravilhoso Ela Dança, Eu Danço (só o primeiro, tá? Com o Channing Tatum, vocês me poupem dos outros), vos apresento esse filme clichêzinho sim, mas fofinho e fora do mainstream americano, porque agora norueguês, sobre produções envolvendo romance e dança. Eu sempre termino de assistir querendo dançar alguma coisa, porque é inspirador todos aqueles movimentos dos personagens. Infelizmente, meu corpo não se dispôs ainda a isso.

Como Superar um Fora (Peru)
Maria Fe tem seu relacionamento rompido via Skype, depois de uns bons anos de relacionamento. Seu agora ex-namorado encontra-se em Barcelona e ela no Peru, mas o choque pelo rompimento tão repentino não deixa de ser menos doloroso. Aos 30 anos, a jovem publicitária encontra-se perdida após essa ruptura, pois desconhece o que é viver 'sozinha'. Junto com suas amigas irá iniciar uma jornada de autoconhecimento, experimentando novas vivências e (talvez) superando esse fora.

Um clichê romântico, mas bem emponderado e com o Christopher do RBD??? (Sim, eles vão ser sempre do RBD pra mim) Mas é claro que depois de assistir eu sairia espalhando pra todo mundo a recomendação. A produção peruana traz tudo o que um amante de comédia romântica precisa naqueles dias mais difíceis da vida, em que precisamos de um tempinho rindo e suspirando por histórias de amor fofinhas. A mensagem final é belíssima e foge daquelas comédias mais antigas.

Todas as Razões Para Esquecer (Brasil)
Antonio, após seu rompimento com Sofia, achava que seria fácil superar sua ex. Ledo engano. A trajetória desse personagem é carregada de contradições e novas vivências desse mais novo solteiro, que só por meio de muitas atrapalhadas e conversas desconcertantes talvez consiga entender a dificuldade em superar um antigo relacionamento.

*E foi aqui que talvez eu tenha me apaixonado pelo  Johnny Massaro* Mais uma comédia romântica, mas agora com um homem protagonizando todas as dores e contradições sentimentais de um rompimento amoroso. É interessante ver como eles inseriram um protagonista masculino para um papel que, geralmente, é retratado em mulheres. Todas as Razões também nos oferece elementos que amamos de comédia romântica, mesmo que com algumas cenas mais tristes ou confusas. Johnny é uma baita ator e conhecer seu trabalho aqui foi uma grata surpresa.

Amor Ocasional (França)
Elsa encontra-se triste e solitária após um rompimento amoroso com um colega de trabalho. Seus amigos tentam reanimá-la de várias formas, mas nada que uma nova paixão não possa atrair mais sua atenção. É assim que as amigas de Elsa contratam um acompanhante para a amiga. As consequências podem desastrosas ou não.

Diferentemente das outras produções aqui listadas, esta é uma série, original da Netflix, ambientada e produzida em Paris. De comédia romântica tem tudo, de alguns clichês também, mas não deixa de cativar e ser uma ótima recomendação pra quem gosta do gênero. Além de todos os personagens serem interessantes, o casal principal cativa desde a primeira vez em que se encontram. Os episódios passam bem rápido e logo logo você estará esperando (ansiosa) pela segunda temporada da série. Super leve e descontraída para uma tarde ou alguns dias de diversão.

A Sociedade Literária e a Torta de Casca de Batata (Estados Unidos, Reino Unido da Grã-Bretanha, Irlanda do Norte)

Julie é uma escritora londrina, prestes a casar-se com Mark Reynolds, um americano diplomata, porém, a jovem sente-se 'vazia' quanto às suas inspirações no trabalho. Após a Segunda Guerra Mundial, recebe uma carta de um fazendeiro, criador de porcos, que conseguiu seu endereço em um livro adquirido por ele, e pede mais livros para o clube literário ao qual faz parte, em uma pequena cidade chamada Guernsey. Poucas palavras não conseguem resumir a trama desse filme tão inspirador quanto ao ato de ler, mesmo cercados por drama e tragédias como a Segunda Guerra e o nazismo.

Romance. Ambientação do século passado. História. Livros. Escrita. Tudo isso em um só filme era quase certeza que eu iria amar. Dito e feito. O filme não possui teor cômico, mas é recheado de cenas de leituras e romance, entre dramas e afeto pelos livros. Não foge dos clichês, mesmo com uma trama histórica, mas também reflete importantes questões sobre o período. Para saber mais, recomendo a crítica no Valkirias.

Tem filmes do tipo para recomendar? Comenta aqui que eu vou amar conhecer novos títulos.

19 abril 2017

As melhores leituras da graduação

Cursar Letras - Língua Portuguesa não é apenas estudar Literatura e aquelas lindas obras clássicas nacionais e estrangeiras que já ouvimos por aí. Porém, em algumas disciplinas com certeza tive o prazer de ler e reler obras que foram gratas surpresas e grandes experiências em não só ler, mas estudar sobre elas. Eis aqui algumas das mais marcantes pra mim durante a minha graduação:
  • A Hora da Estrela
Lemos Clarice Lispector logo no segundo semestre do curso, na disciplina Teoria do Texto Poético (? - deveria ser apenas sobre poesia, mas vocês precisam saber que não dá pra entender tudo sobre esse curso, algumas coisas são bem contraditórias) e mesmo já tendo lido anteriormente, a experiência é outra quando lido em sala de aula e ainda realizando prova sobre a narrativa. A obra se tornou marcante pra mim ao entendê-la e compreendê-la por conta das discussões em sala sobre ela.

13 março 2017

Dos últimos que vi #06

Estas últimas semanas foram dedicadas aos indicados a Melhor Filme no Oscar e não poderia deixar de trazer algumas produções marcantes que assisti e recomendo muito a todos apreciarem também.

.Moonlight.

Que fique bem claro que eu estava torcendo muito por esse filme ser premiado e, felizmente, foi, mas, infelizmente de um jeito nada convencional que até tirou um pouco a atenção desse filme tão bom. O filme retrata a infância, adolescência e fase adulta de Chiron, negro, pobre e gay. Só isso já desperta a curiosidade para um filme ousado indicado pela Academia. A representatividade de minorias ou classes e pessoas discriminadas foi o foco de grande parte dos filmes indicados na mais importante categoria da premiação e que bom! O filme retrata a vida de Chiron por uma visão crua e alguns diriam até cruel. As cenas são impactantes, a fotografia belíssima e o roteiro te prende do começo ao fim. O personagem de Mahersala Ali tem poucas cenas, mas é de grande importância na trama. Não sei como resumir esse filme em toda a sua produção e importância social, só posso afirmar que é um filme importantíssimo e recomendável a todos.

.Fences.

Não sei muito o que dizer sobre Fences, fora que ele me tocou de uma forma inusitada. O filme é adaptação de uma peça teatral e traz muito desse outro gênero. É carregado de monólogos do personagem principal e gira em torno de alguém simples e trabalhador, com opiniões bem próprias baseadas em suas experiências de vida. O filme ainda expõe as relações de Troy Maxson com sua família e amigos e como Viola Davis pronunciou em seu discurso no Oscar, é um filme que fala sobre a vida de "pessoas que quiseram e nunca conquistaram seus sonhos". A atuação de Denzel é impecável e a de Viola também. É um filme tão singelo, mas muito enriquecedor.

.Lion.

Eu não estava com a mínima vontade de assistir esse filme já imaginando ser sobre uma história muito triste que não iria me agradar nem um pouco. Bem, eu estava certa sobre ser uma história triste, mas errada quanto a gostar do filme. Do começo ao fim eu chorei. Chorei muito. E no final estava soluçando de tanto chorar. Até nesse exato momento, ao lembrar das cenas, me emociono. É uma história tão delicada que não consigo evitar o sentimentalismo quanto à ela. Lion retrata a história de Saroo, desencontrado do irmão, o menino com apenas 5 anos, acaba chegando em outra cidade por meio de um trem que embarca por engano e nunca mais retorna ao seu local de origem. Saroo é adotado por uma família australiana e não se identifica mais com a cultura indiana, seu país de origem. Porém, 20 anos depois ele relembra algumas cenas de sua infância e decide procurar por sua família biológica. 
A atuação de Sunny Pawar, o Saroo quando criança, é mais do que tocante. Não acho que alguém possa manter-se sem lágrimas no rosto com as cenas desse menino no filme. Dev Patel não decepciona também e o final é mais uma vez, emocionante. Mais uma história comovente que recomendo muito.

.Animais Noturnos.

Este só foi indicado na categoria de ator coadjuvante, mas estava ansiosa pra assistir depois de ver tantas críticas boas relacionados ao filme e à Amy Adams. O filme narra a história de Susan, artista e atualmente casada, porém infeliz. Seu ex-marido, Edward, lhe envia a primeira cópia do seu mais recente livro, o qual dedicou à ela. A leitura do livro nos leva a outra história dentro da principal. Narra a viagem da família de Tony, sua esposa e filha que tragicamente deparam-se com três rapazes na estrada que o fazem encostar o carro na rodovia escura e deserta e ao final de discussões e violência, dois deles raptam a esposa e filha de Tony. A narrativa do livro é intensa, cruel e devastadora. Enquanto isso, Susan reflete sobre sua própria vida e relembra seu relacionamento com Edward. É um filme que prende do início ao fim, mas não espere encontrar cenas boas para recordar dele. A atuação de Jake Gyllenhaal é muito boa e a de Amy Adams (assim como em A Chegada), não decepciona em nada -maior injustiçada desse Oscar-. É um filme para pesquisar depois no Google alguma explicação reconfortante pra ele, pois ele confunde e embaraça a cabeça no final. Mas vale muito à pena assisti-lo.

Menção honrosa para: Hidden Figures, La La Land e Logan (esse último me surpreendeu muito!).

02 março 2017

Retrospectiva literária 2016


Eu sei que já estamos em março(!), mas lembrei que fiz ano passado uma retrospectiva literária e lembrei também das leituras de 2016, muito especiais, então vai sair post atrasado mesmo. Em 2016 eu li um total de 27 livros, menos do que em 2015 (foram 33), mas ainda achei que realizei bastantes leituras, considerando que tive praticamente 3 semestres da faculdade em um ano e uma das disciplinas já dizia respeito ao TCC (elaboração de projeto da monografia). Mas vamos ao que interessa:
O ano começou bem leve com o livro Um Estudo em Vermelho do mestre Arthur Conan Doyle. Eu sabia que viria a disciplina Literatura Contemporânea II e vários romances teriam que ser lidos, então decidi escolher algo bem rápido pra ler nos dias de folga.
Logo depois veio a releitura de Memórias Póstumas de Brás Cubas, essa já para a faculdade (assim como a maioria das leituras de 2016 foram), eu amo Machado e esse foi o primeiro livro que li do autor, então pude relembrar a sensação de lê-lo e mudar minha visão sobre ele também, já que estudamos em sala a narrativa.
A outra leitura se fez um pouquinho mais arrastada, mas no final eu gostei bastante. Triste Fim de Policarpo Quaresma é uma obra que quero voltar a ler em breve e confirmar tudo que vi ali de críticas, pensamentos e ideias sobre o povo brasileiro.
Macunaíma foi o trauma da nossa turma. É um livro bastante difícil e todos estavam receosos de não saber comentar sobre ele em sala (fazia parte da avaliação a análise crítica da obra). Mas com tantos textos de apoio que li em conjunto à obra de Mário, e a leitura sendo tão rápida como foi comigo, eu gostei bastante da experiência. É um livro riquíssimo pra falar da diversidade do país, seja na cultura, na linguagem ou na história.
Vidas Secas era um livro que eu queria ler a bastante tempo. Também foi uma leitura rápida e triste, como podem imaginar. Me emocionei com algumas cenas e quero reler em breve também.
O Quinze da Rachel de Queiroz foi outra leitura que me surpreendeu. Gostei muito da protagonista e de como a autora conduziu a história. Outro retrato de uma história nordestina, mas que narra sentimentos e situações que todos vivenciamos.
A Chave do Tamanho foi outro livro da faculdade. Entrar em contato com a literatura infanto-juvenil foi muito enriquecedor, junto com os textos de apoio eu só fiquei mais interessada ainda em conhecer mais sobre esse ramo da Literatura. Monteiro Lobato é realmente genial. Foi minha primeira leitura dele.
Chove nos Campos de Cachoeira de Dalcídio Jurandir não é muito conhecido por todo o Brasil, mas deveria ser leitura obrigatória pra muitos. Essa narrativa é rica sobre as questões humanas e vale muito á pena ler. O autor ainda tem mais 9 outros livros que fazem parte do chamado Ciclo do Extremo Norte que pretendo ler.
Ensaio sobre a Cegueira também foi outra leitura para a faculdade. Junto a ele assisti o filme (claro que depois de terminar de ler) e a história ficou marcada em mim. O livro é belíssimo, triste, claro, mas belíssimo. E o filme não deixa a desejar também.
Relato de um Certo Oriente foi minha primeira leitura do Milton Hatoum e confesso que não curti tanto assim. A obra é bem memorialística e traz conflitos familiares entre o passado e presente,  mas acredito que na época não estava muito desejosa de uma leitura como essa.
Eles Eram Muitos Cavalos do Luiz Ruffato foi a última leitura da disciplina de Literatura Brasileira e foi um soco no estômago pelas cenas cruas retratadas nela. O formato do livro também é todo diferente do que costumamos ler e traz muito da literatura contemporânea atual. 
O Apanhador no Campo de Centeio, finalmente, já foi uma leitura à parte da faculdade e confesso também que não me agradou. Não gostei do protagonista e de toda a ideia de vida dele, achei bem "confissões de um rico mimado", mas quero voltar na leitura pra confirmar ou não essa minha impressão.
A Abadia de Northanger, finalizando as últimas leituras do ano, foi fruto de outra disciplina da faculdade, e foi uma linda surpresa. Jane Austen não consegue me decepcionar com suas histórias e suas protagonistas. Amei Catherine e sua fixação pelos livros de aventura que lia.
A Normalista também foi leitura dessa mesma disciplina e como obra naturalista, surpreendentemente me agradou. A obra gerou até um artigo sobre.
As últimas leituras do ano foram maravilhosas. Robinson Crusoé e Moll Flanders, com suas devidas diferenças, foram leituras que me cativaram do começo ao fim. As histórias de Defoe me surpreenderam pelo meu interesse contínuo durante a leitura, mesmo com tantos capítulos descritivos. Fora para a lista de favoritos.

Agora em 2017 eu fiz algumas listas de leituras pra tentar seguir com elas, além de manter as compras de livros bem diminutas. Nesse carnaval fiz parte de uma maratona literária organizada por alguns canais e venho falar sobre isso em breve.
Quem quiser me adicionar no Skoob ou ver meus livros lidos em 2016, segue os links:

01 fevereiro 2017

5 livros favoritos

A Ana Seerig me desafiou no Facebook a listar meus 5 livros favoritos. É bem difícil definir apenas 5 livros favoritos pois confesso que ainda estou em período de transição, ainda testando meu gosto, meus interesses, meus autores favoritos, e definir apenas cinco livros como favoritos está sendo subjetivo demais para mim, no momento. Porém, não quero deixar de registrar quais são, até hoje, os cinco livros que listaria como meus favoritos para futuramente voltar aqui e ver se mudou alguma coisa e o que mudou. O critério que utilizei foi basicamente a pergunta: eu tenho vontade de ler novamente esse livro?

Moll Flanders

Eu não imaginava o quanto Daniel Defoe poderia me prender em suas narrativas e quanto eu perdi sem presenciar isso. Moll Flanders trata da história de uma mulher que vive diversas situações como alguém em busca de sucesso, de estabilidade financeira, de amor e desejos realizados. Não que eu me identifique totalmente com a personagem, mas a narrativa me da história, comoveu e incomodou o suficiente para marcar meu repertório literário.

Os sofrimentos do Jovem Werther
O romantismo alemão de Goethe me cativou desde a minha primeira leitura lá em 2011/2012. Werther era meu herói romântico e me identificava com a personagem. Na releitura que fiz entre 2016/2017 mudei completamente de opinião, porém, não deixei de apreciar essa obra-prima da literatura estrangeira. É um livro que ainda mexe comigo e de poesia tamanha que não poderia deixar de querer reler novamente em outra época.

Madame Bovary
Emma Bovary tem muitas coisas que consigo me identificar e o desejo de reler esse livro sempre que eu puder é inevitável. Flaubert traz uma personagem mais do que interessante e a narrativa ficou marcada por dias em mim.

Memórias Póstumas de Brás Cubas
Esse foi o primeiro livro "sério" que li e nada melhor do que ter começado com Machado de Assis e essa obra que é marco do realismo aqui no Brasil. Eu antes pensava não gostar nem um pouco do Realismo brasileiro ou do estrangeiro, mas já fiz ótimas leituras de obras desse movimento e não posso negar que me afeiçoei pelo estilo. Machado traz críticas à sociedade urbana carioca de forma irônica e sarcástica e seu modo "irreverente" na escrita fez eu me apaixonar por ela desde Memórias Póstumas.

Orgulho e Preconceito
Não poderia faltar Jane Austen nessa lista. Por mais que eu não tenha lido ainda tudo dela, a autora tem um lugar especial na minha estante. Orgulho e Preconceito foi a primeira obra que li de Jane e continua sendo uma das minhas favoritas, mesmo Northanger Abbey estando páreo a páreo com esse. O romance, as críticas sociais, a escrita de Jane me apaixona toda vez que leio alguma de suas obras e Orgulho e Preconceito representa bem meu favoritismo pela autora.

Não poderia faltar algumas menções honrosas como:
Robinson Crusoé de Daniel Defoe
Chove nos Campos de Cachoeira de Dalcídio Jurandir
Ensaio sobre a cegueira de José Saramago
Dom Casmurro de Machado de Assis
Lucíola de José de Alencar
O Bem-Amado de Dias Gomes
Macunaíma de Mário de Andrade
A Paixão segundo G. H. de Clarice Lispector
O Corcunda de Notre Dame de Victor Hugo
O Quinze de Raquel de Queiroz
O Morro dos Ventos Uivantes de Emily Brontë

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