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01 junho 2020

Como sobreviver a uma pós-graduação #02

Fonte de todas as imagens neste post: @Iwat1929

No primeiro post sobre como sobreviver a uma pós-graduação, abordei temas mais gerais sobre essa trajetória, algumas sugestões de atitudes e posicionamentos frente ao que passamos durante o mestrado ou doutorado. Dessa vez pensei em trazer dicas um pouco mais "concretas" quanto aos estudos e pesquisas nesse período. Vamos lá?

Estabeleça uma metodologia de estudo/pesquisa/escrita
A gente acha que sabe estudar porque vive estudando, mas nem sempre isso é verdade (pelo menos não da melhor maneira). Cada um tem uma metodologia de estudo que lhe cabe melhor, alguns são mais visuais, outros preferem a escrita, tem os que aprendem mais ouvindo e outros que só gravam mesmo as coisas falando. Então, você sabe como você aprende melhor? Assim como nos estudos, a pesquisa também precisa de disciplina e foco, e sobre a escrita, digo o mesmo. Estabelecer horários e dias para se dedicar às tarefas da pós já é um começo, depois, vá testando o que melhor funciona pra você ser produtivo e não se desgastar muito. Lembrando sempre em manter o lazer e o descanso, cuidando sempre da saúde mental.

Fuja de revistas/editoras predatórias
Alguns alunos desconhecem o que seja publicação predatória no meio acadêmico. Esse termo define revistas ou editoras que publicam resultados de pesquisas científicas, disponibilizam on-line, mas com uma taxa de pagamento para o autor, e sem rigor nenhum científico, ou seja, sem critérios bem estabelecidos de seleção do material a ser publicado. Essas revistas/editoras possuem uma "má fama" no campo acadêmico, pois basicamente não há seriedade na publicação, sendo mais um número no Lattes, em que se prioriza quantidade de publicações e não qualidade. No campo acadêmico a melhor escolha é submeter artigos em revistas/editoras com conselho editorial formado e que o suporte mantenha publicação constante, com critérios esclarecidos sobre as submissões, a Capes mantém uma lista atualizada de revistas qualificadas por eles, consulte aqui a de 2017-2018. Geralmente essas publicações mais sérias são gratuitas, pelo menos na área de Letras (minha área) e mesmo as pagas, possuem critérios de seleção e um conselho editorial bem estabelecido, além de renome na área acadêmica. Para aprofundar sobre o assunto e saber como não cair na lábia de um periódico predatório, consulte o artigo da Fapesp, o artigo no site Jota e a lista de revistas no Preda Qualis.

29 março 2020

Como sobreviver a uma pós-graduação #01


Fonte de todas as imagens neste post: @Iwat1929
Não vou mentir, o título é tendencioso pra chamar atenção mesmo.

Após finalizar o mestrado em Letras - Estudos Literários e refletir sobre os debates a respeito do quanto a pós-graduação pode ser tóxica e nociva aos alunos, decidi seguir com esse post que há muito pensei em elaborar pra, quem sabe, tentar amenizar algumas situações que podem ser evitadas nesse meio. Esse texto não pretende ser um manual de como todos devem agir em uma pós-graduação, pois acredito que todo caso é um caso, mas se as dicas ajudarem, de alguma forma, alguém, já vale a intenção.

Primeiro preciso explicar que o mestrado (e futuramente o doutorado) faz parte dos meus grandes sonhos. Passei quase um ano fora da universidade onde graduei e a sensação de vazio, por estar longe da academia e da pesquisa, foi terrível. A síndrome da eterna estudante surgiu, não sabia o que fazer e, mesmo em um trabalho, os pensamentos da síndrome de impostor, como profissional já formada em Letras, foram esmagadores. Ao longo do processo, em minha primeira experiência fora da universidade, com o título de professora, fui me adaptando à nova realidade e tentando construir mais confiança naquilo que estava fazendo, atualmente não me vejo da mesma maneira como antes e o anseio por trabalhar em sala surge novamente, já com novos olhares (o que é muito bom). Porém, meu foco é a pós-graduação stricto sensu, à pesquisa e ao trabalho em alguma universidade pública, e me dediquei ao máximo para retornar ao que tinha sido minha segunda casa.

Finalizar essa etapa não foi um processo fácil, mas, particularmente, menos doloroso do que muitos relatam. Tenho ciência de que tive um pouco de sorte aliada a privilégios e oportunidades que surgiram durante a minha trajetória, mas acredito que, a depender de cada situação, a gente pode agir de maneira a diminuir os prejuízos e acontecimentos ruins durante essa etapa.

Antes de mais nada, preciso contextualizar minha condição como mestranda na Universidade Federal do Pará: não tenho filhos, não sou responsável pelas contas de casa (fora alguns boletos pra pagar), fui bolsista e não mantive vínculo empregatício durante todo o curso, o que me deixou bem a vontade para realizar determinadas ações e com tempo livre pra total dedicação aos estudos e pesquisa. Então, aqui vão algumas dicas de como sobreviver na pós de acordo com a minha experiência:

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