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21 janeiro 2017

Resenha - Incendeia-me

Título original: Ignite me
Autor(a): Tahereh Mafi
Editora: Novo Conceito
Sinopse: "Um dia eu posso romper. Um dia eu posso romper e me libertar e nada mais vai ser igual."
O destino do Ponto Ômega é desconhecido. Todas as pessoas com quem Juliette se importa podem estar mortas. Talvez a guerra tenha chegado ao fim antes mesmo de ter começado.
Juliette foi a única que restou no caminho d'O Restabelecimento. E sabe que, se ela sobreviver, O Restabelecimento não sobreviverá.

Levei praticamente 3 anos para terminar essa trilogia, mas valeu à pena a espera. Incendei-me é o terceiro e último livro da sequencia Estilhaça-me e Liberta-me de Tahereh Mafi e posso dizer que me surpreendi com o desfecho da saga de Juliette, no sentido bom da palavra.


O livro inicia com a protagonista narrando seu acordar, após o tiro que leva de Anderson, o supremo comandante do Restabelecimento, e as primeiras notícias com o término da guerra dos rebeldes contra o exército dele. Warner encontra-se ao seu lado, pronto para ajudá-la em sua recuperação, porém Juliette deseja mais do que nunca sair daquela condição enferma e ajudar seus amigos. Após saber por Warner que todos morreram, a jovem planeja sua vingança contra Anderson, causador de todo o seu sofrimento e pergunta a Warner se ele irá ajudá-la nisso. Unidos pelo ódio contra o supremo, os dois irão ao Ponto Ômega, onde Juliette e seus amigos se refugiaram anteriormente e acabam encontrando surpresas que irão mudar todos os seus planos.

Este terceiro livro, no início foca muito na relação entre Warner e Juliette e admito que não achei ruim. Mesmo com algumas desculpas bem estranhas, Warner é outra pessoa após explicar tudo o que fez com Juliette e ela, mesmo demorando a aceitar, termina por compreendê-lo.

O que causou minha surpresa quanto ao final da trilogia foi a protagonista mudar tanto ao longo da narrativa. Mesmo jovem (17 prestes a fazer 18 anos), Juliette após sofrer perdas, desilusões e conhecer melhor aquele que lhe confundia tanto, se torna alguém decidido a cumprir sua vingança. Motivada por isso, ela foca em seus poderes (seu toque é mortal e sua força é extraordinária), em não mais se esconder por conta deles, mas sim trabalhá-los para usufruir na batalha que deseja realizar contra os soldados de Anderson e contra ele mesmo.

Seus amigos, como ela irá descobrir depois, estão quase todos vivos, mas abalados pela guerra e pela derrota sofrida; mesmo assim a jovem pretende reunir todos para alcançar seu objetivo maior. Neste meio tempo, entre discussões (Warner não é visto com bons olhos pelos demais), desconfianças e incertezas, há o triângulo amoroso entre Adam, Juliette e Warner. Esse primeiro incomodando bastante por seus atos, porém, as falas de Juliette dissipam um pouco esse incômodo, pela sua determinação e autoempoderamento, as cenas melosas entre os dois são passageiras.

Por fim, a leitura fluiu tão rápido, por conta da quantidade de diálogos e capítulos curtos, que mal percebi a narrativa terminar. As cenas finais do livro foram rápidas e talvez um pouco apressadas, porém gostei do foco da autora em definir primeiro sua protagonista, como alguém forte, determinada e conhecedora dos seus próprios sentimentos para depois dar atenção à ação da batalha final.

28 novembro 2014

Resenha - Tipo Destino

Nome: Tipo Destino
Original: Something Like Fate
Autor(a): Susane Colasanti
Editora: Novo Conceito
Sinopse: Lani e Erin são melhores amigas, embora não tenham muito a ver uma com a outra. Lani é uma taurina tranquila e Erin é a impetuosa leonina. Uma adora Astrologia (e outras artes adivinhatórias também) e ficar em casa; a outra gosta de pessoas e baladas. Suas preferências — incluindo pizzas e meninos — são bastante diferentes, ou eram, até que Erin começou a namorar Jason… Assim que Lani conheceu o namorado de Erin, sentiu uma enorme conexão com ele. Uma sensação de que já se conheciam a vida toda. E, apesar de acreditar que ele sentia o mesmo, ela sempre soube que Jason estava fora de cogitação, afinal, ele era quem ele era! Ela decidiu ignorar seus sentimentos. Não importava o quanto quisesse ficar perto de Jason, nada a demoveria da ideia de se manter distante dele. Então, Erin viajou durante todo o verão…

Susane Colasanti me surpreendeu em Bem mais perto, outro livro da Novo Conceito, que amei a leitura. Em Tipo Destino pensei que aconteceria o mesmo, mas parece que após outras leituras, minhas preferências literárias andam mudando e o livro não se encaixou nelas.

Lani e Erin são melhores amigas, mesmo atualmente sendo tão diferentes, as duas mantém um contato grande, principalmente após um acidente de carro quando Erin acaba salvando a vida de Lani. Porém, tudo muda quando Erin começa a namorar Jason, o garoto da escola que mudou e que Lani antes não o tinha percebido. Até agora. A conexão estranhamente boa que Lani sente com Jason torna-se mais do que isso e agora a garota precisa decidir-se com quem ficar: Jason, provavelmente o amor da sua vida ou Erin, a garota que a salvou  e que viveu tantas histórias juntas.

Pela sinopse percebemos que o livro é bem romance adolescente e talvez por isso a leitura não tenha sido tão boa para mim. Lani acredita em horóscopos, destino e cartas, ela procura sempre melhorar o ambiente à sua volta com campanhas para reciclagem e conscientização ambiental. Sua mãe tem uma horta em que Lani a ajuda de vez em quando. Diferente de Erin, que faz parte do grupo dos alunos mais populares da escola e parece conseguir tudo o que quer, a qualquer hora.

Jason torna-se o típico garoto que toda garota do colégio quer como namorado e Erin o consegue. Porém Lani, após alguns momentos com Jason e conversas avulsas sente uma forte atração por ele e parece que é correspondida; ao longo da trama vemos o casal primeiramente lutando contra a traição e depois tendo que enfrentar as conseqüências por estarem juntos.

São personagens tipicamente adolescentes e a estória em si também, salvo algumas diferenças que vi em Lani, por ter uma consciência ambiental e acreditar em horóscopos, ‘destino’ e tarô, algo que não encontramos muito em outros livros do gênero. Além da trama ainda ter Blake, que é gay, mas encobre isso de todos, principalmente por prever a reação de seu pai ao saber sobre isso. Blake não tem uma relação saudável com ele e prefere esconder tal fato, esperando ansiosamente pela faculdade e a liberdade que tanto almeja. Durante a trama, temos esse 'núcleo' sobre os dilemas da homossexualidade na escola, como ela é enfrentada não só por quem é, mas por outros, conhecidos ou não do indivíduo.

Tipo Destino não foi uma leitura surpreendente por ser um típico livro para adolescentes. Talvez por ter certa (ainda pequena) experiência literária de livros com estórias mais maduras ou por estar em um momento onde prefiro ler outros livros, com outros temas, esse livro não tenha sido uma boa leitura.
É uma leitura leve e rápida, ótima para fins de semana tediosos, sem muito o que fazer. A narrativa de Colasanti não deixa a desejar, pelo contrário. Mas sua estória não me cativou tanto assim. Ainda assim recomendo a todos que gostam de uma leitura leve, sem compromissos.

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