Western Motel, Edward Hopper, 1957
Cresci achando que não seria nada. Um ninguém. Mais um registro de nascimento e morte em meio a tantos outros, de atuações limitantes, de vidas restringidas, de caminhos limitados. Cresci aprendendo que meu corpo era errado, minha voz era fina demais, meu modo de expressar estaria sujeito a más interpretações, meu pensar era pecado, e minha história, nada singular. Queria ser princesa descoberta, grande escritora de um jornal importante, reconhecida professora em minha área, ou uma excelente estilista prestigiada em inúmeras passarelas. Acho que nunca deixei de sonhar alto, mesmo com as podas ao longo do caminho, metaforizadas em gente, discursos, vozes e portas fechadas. Gosto de saber que, mesmo com todos os empecilhos, contintei tentando ser mais do que deveria. E no meio desse caminho ainda não finalizado, talvez tenha incomodado 'alguéns'. Mas o certo é que gosto de ser muito nos meus fazeres: faço um pouco de tudo pra fugir do destino de ser nada.
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