
Colagem por Jeniffer Yara (eu mesma)
A despeito de todas as coisas ruins que aconteceram em 2018 sobre injustiças e barbaridades políticas, não posso deixar de ser grata a tudo o que me ocorreu neste ano e que não tive tempo de vir aqui escrever sobre. Há uma ideia de que, quando vivemos, o tempo para a escrita se esgota, e só após um longo período, em um momento de pausa, devemos retornar para contar tudo aquilo que nos ocorreu. Eu não acreditava nisso. Achava que havia tempo pra tudo, era só se planejar. Estava errada. A vida, os trabalhos, as companhias e os estudos me chamaram cada vez mais este ano e o tempo de pausa foi pouco para os dedos iniciarem alguma conversa com as teclas em tom de desabafo ou impressões sobre o que havia ocorrido. Os novos desafios foram tantos que precisei de um Outro para clarear as ideias e dizer: se dê uma pausa. Você merece. A cobrança em não parar nunca viera, do alheio e do eu. Mas as conquistas valeram à pena, assim como o reconhecimento dos bons frutos de um bom trabalho. O círculo de afetos aumentou, redistribuindo-se em novos rostos, mas agregando antigas companhias. As mudanças frutíferas trouxeram sim embates ruins, mas ao mesmo tempo, no fim, ou no meio de tudo (nada nunca acaba), trouxe paz e ar puro aos incômodos de anos respirando ares poluídos. Algumas coisas preservaram-se, outras, desvaneceram-se quase que por completo, mas está tudo bem, as velhas peles precisam ser renovadas para outras mais brilhosas e saudáveis surgirem. O processo de renovação é contínuo. E no meio do turbilhão de tarefas e projetos a realizar, vou me descobrindo e renovando minha história. Entre as pausas que me obrigo a fazer, deixo as fichas caírem na conta de uma biografia não escrita, nem finalizada.
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