Eu precisava voltar aqui e escrever sobre algumas coisas que eu ando assistindo/lendo e que estão fazendo meus dias mais leves. E entre livros, filmes e séries, duas dessas últimas, que eu considero um tanto desconhecidas pela maioria de pessoas que assistem/gostam desses universos culturais, estão entre minhas favoritas atualmente. Foram duas séries recomendadas por um amigo de um bom gosto inquestionável (elevando o ego do amiguinho), de qualidade também inquestionável e se você nunca assistiu ou quer assistir, te digo algumas coisas sobre elas que podem dar um empurrãozinho pra você colocá-las na sua lista da Netflix.
Please Like Me
Era pra ser comédia, era pra ser leve *pelo menos eu pensei que era*, mas Please Like Me é dramédia deliciosa de assistir. A série gira em torno de Josh, um jovem que acabou de se reconhecer gay depois de terminar com a namorada de adolescência. Josh mora com seu amigo Tom e sua ex-namorada-melhor-amiga, Claire. Seus pais são divorciados, sua mãe tem depressão e seu pai vive com sua namorada, Mae. O ponto forte da série é tratar assuntos difíceis e tristes (depressão, morte, preconceito, relacionamentos) com um toque de leveza e espontaneidade que não encontramos em outras tramas, seja de filmes ou séries. Nos episódios da primeira temporada já fui cativada por todos os personagens, diferentes entre si, estranhos, com seus hábitos, suas paranoias, seus traumas, suas tristezas, suas inseguranças, tudo o que lhes faz únicos. A série é baseada por fatos vividos pelo próprio escritor da série, que é o protagonista dela: Josh Tomas. Além da trama, da fotografia e da trilha sonora maravilhosa *a música de abertura fica na cabeça por um bom tempo*, os episódios ainda trazem cenas com receitas que Josh e outros personagens produzem.
Com poucos episódios e de duração curta (30 minutos), a série está disponível na Netflix e sua última temporada já foi finalizada.
Crazy ex-girlfriend
Eu estava com um pé atrás nessa recomendação por saber que a série contém musical, mas errei completamente ao julgar que não iria gostar dela por conta disso *não curto muito musicais*. Crazy ex-girlfriend fala sobre Rebecca Bunch, advogada de sucesso em Nova Iorque, que após encontrar sua antiga paixão da adolescência, Josh, feliz e satisfeito com sua vida em West Covina, muda-se de cidade para viver perto dele e consquistá-lo percebe estar infeliz com sua vida em Manhattan e decide mudar-se para lá. Já dá pra perceber o nível de loucura que a protagonista tem apenas em ler esse pequeno resumo da série, porém as loucuras só aumentam e as músicas fazem parte do enredo principal, com letras inteligentes e super divertidas. O desenvolvimento dos personagens é incrível, a trama não estagna e as músicas não cansam, além de você se identificar, em algum momento, com o que a Rebecca vive. É uma série que vai te fazer rir muito, mas não tem nada superficial; novamente uma série que trata alguns assuntos mais difíceis com humor e toques de leveza. Crazy ex-girlfriend também foi criada pela própria atriz protagonista, Rachel Bloom, e já recebeu prêmios como Globo de Ouro e Emmy. Mesmo com baixa audiência, espero muito que a série continue sendo produzida.
Com poucos episódios de 40-42 minutos cada, a primeira temporada está disponível na Netflix e a segunda temporada está sendo exibida atualmente.