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17 maio 2021

Circo dos horrores: autora paraense vence concurso e tem conto selecionado

Beatriz Chaves Messias vence concurso literário e tem conto selecionado para livro 


Obra conta com participação de diversos autores nacionais. Editora realiza financiamento coletivo para que livro tenha uma versão física. 


A estudante de Letras da Universidade Federal do Pará e escritora de Belém (PA), Beatriz Chaves Messias, ou simplesmente Bia Chaves, foi uma entre os vencedores do concurso literário “Circo dos Horrores” promovido pela Psiu Editora, que reúne contos de terror que tem como fundo o ambiente circense. “Foi minha primeira antologia de contos com a Psiu, e a primeira a trabalhar o gênero terror. Fiquei muito feliz com a aprovação e honrada em fazer parte tanto do projeto quanto do grupo dos autores da editora, que tem uma proposta inclusive, jovem e muito pertinente”, comenta. O conto de Beatriz, intitulado “Visão e o espelho”, conta sobre o protagonista Joel, um homem que exerce o ofício de faxineiro num Circo, mas ignora que o lugar esconde um tenebroso segredo. Mas esse é apenas um dentre muitos contos aterrorizantes que integram a antologia. Além de participar de “Circo dos Horrores”, Beatriz também está confirmada em três outros projetos da Psiu, as antologias de contos “3021” e “Além dessa Vida”, e a antologia poética “Simplesmente, Elas”. Também teve crônicas aprovadas em duas antologias poéticas da Editora Pé de Jambo, e uma crônica no projeto literário “Crônicas Paraenses”, organizado pela Professora Jeniffer Yara, numa iniciativa aprovada pela lei Aldir Blanc. E fora os projetos coletivos, a autora também publicou seu primeiro livro solo em 2020, intitulado “Encontros”, pela Editora Caseira, que conta com minicontos ilustrados por quatro artistas paraenses: Ana Lúcia dos Santos Ribeiro, Dávison Queiroz, Gabriel Conceição Sousa e Roberto Moreira Noronha Reinno. E de volta à antologia: “O ambiente do circo tem uma magia encantadora para muitas pessoas e na antologia ‘Circo dos Horrores’ temos a intenção de desconstruir essa relação infantil e lúdica do circo, com situações pavorosas. Escolhi os contos a dedo, apenas os melhores, e esse livro é um pro cheio para os amantes do terror”, comenta Kimberly Trindade, escritora e organizadora da antologia. 


FINANCIAMENTO COLETIVO 

Para que haja uma versão impressa do livro “Circo dos Horrores” a Psiu Editora, em parceria com os autores, estão realizando um financiamento coletivo, também conhecido como vaquinha virtual, com valor de começar a partir de R$ 15. “´É importante que a literatura nacional, jovem e independente seja difundida e valorizada, em especial no gênero terror, ainda muito subestimado atualmente”, finaliza Beatriz. O financiamento coletivo pode receber apoios até o dia 26 de maio de 2021. Para saber mais sobre segue o link: https://www.catarse.me/circodoshorrores

19 novembro 2020

Entrevista com o autor: Bruno Rodrigues

Hoje iremos conhecer um pouco mais o mais novo autor parceiro do blog: Bruno Rodrigues, autor do livro Ilha de Barbolandia e dono da editora Barbohouse, criada para a sua publicação. O livro já chegou por aqui e estou ansiosa pela leitura. É um trabalho muito criativo e primoroso. Conheçam mais sobre:


Uma breve apresentação sobre quem é você, o que faz, sua formação, o que te inspira. 
Meu nome é Bruno Rodrigues e nasci em Belém em 1989. Me formei em Comunicação Social na UFPA e, em 2013, fui morar em Florianópolis-SC, onde conclui meu mestrado em Design na UFSC. Desde então, tenho trabalho como UX Designer (design de experiência do usuário de aplicativos e sites). Em paralelo, eu escrevo uma série chamada Ilha de Barbolandia. Muitas coisas me inspiram, mas principalmente filmes antigos clássicos, séries de drama, filmes de aventura, ficção científica e magia. Mas uma conversa entre amigos pode me despertar para querer escrever alguma coisa! 

Quando iniciou tua paixão pela Literatura? 
Aos 15 anos. Antes eu desenhava e criava histórias em quadrinho da Ilha de Barbolandia, então, um certo dia eu quis seguir os processos tradicionais de criação de uma HQ, começando pelo roteiro. Fui escrevendo páginas e páginas deste roteiro, acrescentando detalhes, pensamentos e, quando vi, estava virando um livro de verdade. O que te motiva a escrever? Eu quero criar um país muito realista, um lugar que as pessoas acreditem que seja real e possam se divertir nele. 

Como ocorre teu processo de escrita? 
Quando eu escrevo um livro do zero, primeiramente, eu penso em tudo o que eu desejo que aconteça nesta história. Por exemplo, o que os personagens vão fazer, que tipo de natureza eles estarão inseridos, quais os mistérios envolvidos... Enfim, é um plano geral do livro. Depois disso, começo a escrever os capítulos, um pouquinho todo dia, e me esforço para não ficar muitos dias sem abrir o computador. Eu gosto de escrever à noite porque é mais silencioso e eu não gosto de ser interrompido. É uma etapa que eu não julgo o que estou escrevendo, então simplesmente vou digitando. Depois que todas as ideias foram exploradas, eu começo a mexer no texto, e nesse processo eu mudo os capítulos, os parágrafos e vou lapidando até à exaustão. Confesso que é difícil chegar num consenso de quando está bom, mas alguma hora eu tenho que bater o martelo. Por isso eu sigo uma máxima: “feito é melhor que perfeito”. 


Como foi a trajetória de publicação? 
Eu abri a Editora Barbohouse em 2011 para publicar meus próprios livros, portanto, faço parte de um nicho de mercado de autores independentes. Eu sigo o passo a passo de uma publicação tradicional de livro: texto, revisão, ficha-catalográfica, ISBN, capa e ilustração, diagramação, orçamento com gráficas, impressão, divulgação e venda. A diferença de uma editora tradicional é que eu estou envolvido em todos os processos, imprimo poucos livros e faço a divulgação somente por meio das redes sociais e em eventos. 

O que você pensa sobre o mercado editorial brasileiro atual? É difícil ser autor/escritor no país? 
O mercado editorial tradicional está falindo. As editoras publicam e distribuem, mas as livrarias físicas não estão pagando – vide a questão da livraria Cultura e Saraiva que estão em recuperação judicial. Se formos avaliar as pesquisas, o mercado de livros constantemente está em queda e o que o sustenta são as compras feitas pelo governo e os bestsellers. Em paralelo, temos as editoras pequenas e independentes, que por si só precisam ser estudadas para descobrimos como se sustentam! Com tiragens baixas e, constantemente, precisando de financiamento coletivo para pagar os custos dos livros, eu fico me perguntando como este pode ser um negócio sustentável? O escritor, por sua vez, também precisa de virar nos trinta para coexistir neste universo esquisito. Agora que temos as redes sociais para ajudar na divulgação do nosso trabalho, acredito que a comunicação entre autores e leitores ficou mais rápida e isso também facilita para que as vendas aconteçam. 

Quais as suas paixões além da Literatura? 
Eu adoro a área do design gráfico e da experiência do usuário! Acho que isso se reflete na Ilha de Barbolandia. Fora o trabalho, eu também adoro viajar e comer! 

Tem dicas para uma boa escrita e para pessoas que pretendem escrever seu próprio livro? 
Algumas dicas para ter uma boa escrita: conheça seu público, diversifique seu vocabulário, seja um bom leitor antes de ser um bom autor... Não gosto de dar dicas como se fossem regras, pois assim corro o risco de deletar a voz do próprio autor. Com o tempo, todos nós ganhamos aprendizados e o importante é que o autor se empenhe em escrever todos os dias. Também evito pensar se o livro vai fazer sucesso ou não, acho que isso não depende única e exclusivamente dos autores. É muito importante ser humilde, entender seus pontos fortes e fracos e trabalhar arduamente para que seu trabalho seja concluído.

Conheçam mais do trabalho do Bruno no seu Instagram: @ilhadebarbolandia

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